Dançarina

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Dança Moderna - Vaslav Nijinsky


Vaslav Nijinsky (1890 – 1950), considerado um dos maiores bailarinos de seu tempo, filho de bailarinos poloneses que se apresentavam em teatros e circos, atuou desde os 4 anos dançando nas apresentações de seus pais.
Mudou-se com sua mãe para São Petersburgo, na Rússia, após seu pai ter abandonado a família. Aos 10 anos de idade, iniciou seus estudos em dança na escola de balé do Teatro Imperial e aos 18 anos dançou com a bailarina Anna Pavlova em Le Pavillon d’Armide. No ano seguinte, em 1909, viajou para Paris com a Cia. de Balé de Sergei Diaghilev, na qual obteve reconhecimento internacional, seu primeiro papel de destaque foi como Albrecht, em Giselle, que estreou em Paris em 1911, protagonizando alguns dos mais importantes ballets do início do século XX. Aliado a uma técnica perfeita mantinha hipnotizados os espectadores de sua dança, seu carisma levou a transformações significativas do ballet de seu tempo, seu maior triunfo foi elevar a figura masculina à mesma altura que o elemento feminino nos balés.
As três coreografias assinadas por Nijinsky - L’Après Midi d’un Faune (1912), Jeux (1913) e Le Sacre du Printemps (A Sagração da Primavera-1913) - revolucionaram os círculos ligados à dança. L’Après Midi d’un Faune causou um escândalo sem precedentes ao ser apresentada em Paris a 13 de maio de 1912. A estréia de Nijinsky como coreógrafo surpreendeu o público no Théâtre du Châtlet por uma sensualidade que afrontou os padrões da época e também rompeu com as características do ballet tradicional, pois nenhum dos bailarinos olhava de frente, mantinham-se de perfil diante da platéia, movimentavam-se rapidamente trocando o perfil esquerdo pelo direito. Em Jeux, Nijinsky causa espanto ao se apresentar em sapatilhas de ponta, técnica do ballet reservada unicamente às mulheres.
Em a Sagração da Primavera, música de Igor Stravinsky, Nijinsky elaborou uma coreografia que é considerada sua mais arrojada criação, contando a história do sacrifício de uma virgem aos deuses, porém não é aceita com facilidade pelas platéias acostumadas a aplaudir o estritamente conhecido.
   Em setembro de 1913, Nijinsky se casa com Romola de Pulszky, uma das bailarinas da companhia da qual fazia parte, Diaghilev ao saber da notícia demite Nijinsky, dando ensejo aos problemas mentais do bailarino. Nijinsky ainda tenta montar seu próprio grupo, mas não consegue concretizar seu desejo, dançando pela última vez em 1919, aos 29 anos, em seguida começou a fazer inúmeros tratamentos médicos que o afastaram da dança até sua morte em Londres no ano de 1950.

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